20/01/2011

ALFABETIZAR E AVALIAR

Para iniciar o trabalho de alfabetização o professor precisa saber quais são os conhecimentos que a criança tem, naquele momento, sobre o processo de construção da leitura e da escrita.

Esta verificação é feita por meio de uma “sondagem”.

A sondagem é um dos recursos de que o professor dispõe para conhecer as hipóteses que os alunos ainda não alfabetizados possuem sobre a escrita alfabética e o sistema de escrita de uma forma geral. Ela também representa um momento no qual os alunos têm a oportunidade de refletir sobre aquilo que~escrevem, com a ajuda do professor.

A realização periódica de sondagens é também um instrumento para o planejamento do professor, pois permite avaliar e acompanhar os avanços da turma com relação à aquisição da base alfabética, fornecendo informações preciosas para o planejamento das atividades de leitura e de escrita, assim como para a definição da parcerias de trabalho entre os alunos (agrupamentos) e para fazer boas intervenções junto aos alunos.

Mas o que é uma sondagem? É uma atividade de escrita que envolve, num primeiro momento, a produção espontânea e sem apoio de outras fontes escritas de uma lista de palavras conhecidas dos alunos. Ela pode ou não envolver fontes escritas de frases simples. É uma situação de escrita que deve, necessariamente, ser seguida da leitura pelo aluno daquilo que ele escreveu. Por meio da leitura é que o professor poderá observar se o aluno estabelece ou não relações entre aquilo que ele escreveu e aquilo que lê em voz alta, ou seja, entre a fala e a escrita.

Nessa proposta, sugerimos que sejam realizadas sondagens avaliativas logo no início do ano, em fevereiro, no começo de abril e no final de junho. Assim, ao longo do primeiro semestre letivo, será possível analisar o processo de alfabetização dos alunos em três momentos diferentes. O processo de apropriação do sistema não é estático e pode apresentar mudanças de um dia para outro, ou levar muito tempo para que a criança estabilize um novo saber.

É preciso respeitar o momento de aprendizagem, que é individual.

Estas sondagens devem ser datadas e guardadas para que o professor tenha o histórico do processo o desenvolvimento da criança. Entretanto, para fazer uma avaliação mais global das aprendizagens da turma, é interessante recorrer a outros instrumentos – inclusive a observação diária dos alunos – pois a atividade de sondagem representa uma espécie de retrato do processo do aluno naquele momento.

Feitas essas observações iniciais, compartilhamos os critérios de definição das palavras das atividades de sondagem. São eles:

✔ As palavras devem fazer parte do vocabulário cotidiano dos alunos, mesmo que eles ainda não tenham tido a oportunidade de refletir sobre a representação escrita dessas palavras (deverão conhecê-las oralmente). A lista deve contemplar palavras que variam na quantidade de letras, abrangendo monossílabas, dissílabas, etc e fazer parte do mesmo campo semântico.

✔ O ditado deve ser iniciado pela palavra polissílaba, depois a trissílaba, a dissílaba e por último , a monossílaba. Esse cuidado deve ser tomado porque, no caso de as crianças escreverem segundo a hipótese do número mínimo de letras, poderão recusar-se a escrever caso tenham de começar pelo monossílabo.

✔ Evite palavras que repitam as vogais, pois isso também pode fazer com que as crianças entrem em conflito – por causa da hipótese da variedade – e também recusem-se a escrever (Ex.: ARARA).

✔ Após o ditado da lista, dite uma frase que envolva pelo menos uma das palavras da lista, para que se possa observar se os alunos voltam a escrever essa palavra de forma semelhante, ou seja, se a escrita dessa palavra permanece estável mesmo no contexto de uma frase.



Dicas para o encaminhamento da sondagem

✔ as sondagens deverão ser feitas no início das aulas (em fevereiro), início de abril, final de junho, ao final de setembro e ao final de novembro.

✔ Faça a sondagem em um papel sem pauta, isso é proposital, pois assim será possível observar o alinhamento e a direção da escrita dos alunos.

✔ Se possível, faça a sondagem com pouco alunos por vez, deixando o restante da turma envolvido com outras atividades que não solicitem tanto sua presença.

✔ Dite normalmente as palavra e frases, sem silabar.

✔ Observe as reações dos alunos enquanto escrevem. Anote aquilo que eles falarem em voz alta, sobretudo o que eles pronunciarem de forma espontânea (não obrigue ninguém a falar).

✔ Quando eles terminarem, peça para que eles leiam aquilo que escreveram. Anote em uma folha à parte como eles fazem essa leitura, se apontam com o dedinho cada uma das letras ou não, se associam aquilo que falam à escrita etc. A leitura é fundamental pois é por meio dela que o professor irá verificar que associações entre a leitura e a escrita a criança está fazendo, e portanto, em que momento do processo se encontra.

✔ Faça um registro da relação entre a leitura e a escrita. }Por exemplo, o aluno escreveu a palavra presunto utilizando as letras K B O e associou cada uma das sílabas dessa palavra a uma das letras que escreveu. Registre:

K B O

(PRE) (SUN) (TO)

✔ Pode acontecer que, para PRESUNTO, outro aluno registre BNTAGYTIOAMU ( ou seja, utilize muitas e variadas letras, sem que seu critério de escolha dessas letras tenha alguma relação com a palavra falada). Nesse caso, se ele ler sem se deter em cada uma das letras, anote o sentido que ele usou nessa leitura.

Por exemplo:

BNTAGYTIOAMU

------------------------>



Atenção! Se algum aluno se recusar a escrever, ofereça-lhe letras móveis.

Pega na mentira

Quando se descobre que uma criança falou uma mentira, como proceder? Dar uma bronca, castigar ou esclarecer e mostrar a ela que essa não é a forma mais correta de agir. Segundo a psicóloga Eliane Andreia Pessoa Nunes Guerra, entre os quatro ou cinco anos, as mentiras contadas pelas crianças não têm o objetivo de enganar, maliciosamente, dado que a criança não sabe o que está fazendo, pois não sabe identificar o que é certo e o que é errado. Após os seis anos, ela vai desenvolver a capacidade de mentir com intenção específica.


Caso os pais identifiquem esse comportamento na criança, devem investir mais em diálogos sem adotar medidas, como punições. É importante perceber a frequência, a intensidade e a gravidade das mentiras, pois, muitas vezes, esse tipo de comportamento pode estar escondendo algo mais sério, como a mitomania, vontade compulsiva de mentir ou comprometimento com a autoestima.

Um alerta para os professores é observar como se dá esse comportamento e em que situação acontece. Muitas vezes, as crianças chegam à sala de aula contando histórias, que podem gerar dúvidas com relação à veracidade. Uma dica é conversar com os pais e perceber se as informações são verdadeiras e, caso sejam mentiras, se isso acontece com frequência.

Como, na educação infantil, a criança ainda não sabe separar o real do imaginário, os professores podem tentar identificar alguns desejos, necessidades ou mesmo angústias vivenciadas pelas crianças através de atividades lúdicas.

Colaboração da amiga
Ana Paula Guerreiro

18/01/2011

Auto Avaliação

Todo professor num determinado momento da sua carreira tem dúvidas quanto a sua competência profissional, por isso deixo aqui um convite a reflexão. Espero que ajude na auto avaliação de cada um.

1. Como está meu relacionamento com meus alunos? Eles me vêem como amigo ou apenas como um transmissor de conhecimento? Respeitam-me ou apenas sentem medo de mim?

2. Tenho colaborado para que o relacionamento entre eles seja amistoso e cooperativo, ou estimulo a competitividade desenfreada?

3. Tenho favorecido a independência e autonomia dos meus alunos?

4. Dou atenção ao que as crianças falam, aproveitando esses assuntos para minhas aulas, dialogando e discutindo, tentando formar cidadãos com idéias próprias?

5. Proporciono atividades variadas, que envolvem os diferentes eixos: linguagem oral e escrita, matemática, natureza e sociedade, artes, música e movimento? Ou tenho privilegiado somente algumas? Proporcionando atividades físicas além do parque?

6. Procuro trabalhar com atividades que despertem o interesse dos alunos? Que partem do concreto? Da manipulação? Da comparação? Jogos?

7. Percebo o progresso de meus alunos, procurando avaliar cada um em relação a si mesmo? O que estou fazendo com meus alunos que encontram dificuldades? Tenho tentado novas estratégias ou tenho somente me impacientado?

8. Consigo perceber minhas dificuldades e dividi-las com as colegas e a Equipe Técnica para buscar a superação? Aceito críticas e sugestões?

9. Interesso-me por textos, experiências e outros de minha área procurando aperfeiçoar a minha prática? Ou acho que já aprendi bastante e mais nada pode ser acrescentado aos meus conhecimentos?

10. Acredito na importância do trabalho que realizo? Apesar de todos os problemas, ainda me sinto feliz sendo professor?

Tânia Mara V. de Oliveira
Coordenadora Pedagógica

Atividades com Música

Atividade nº1.

-“Vamos levantar e andar... andar... Agora vamos nos espalhar... andando... andando, vamos caminhar até o parque...”
-“Vamos imaginar que perto de nossa escola há um lugar muito bonito! Um parque, onde há plantas, árvores, flores e passarinhos. Que tal fazermos de conta que vamos tomar lanche lá?”
-“Parem um pouco! Aqui há um rio. Como faremos para atravessá-lo? Ainda bem que há uma ponte. Vamos atravessar? Mas a ponte é tão estreita. Que faremos? (ouvir as sugestões das crianças)”
-“Vamos! Atrás de mim. Passando pela ponte, um atrás do outro.”
-“Já passamos pela ponte! Espalhem-se novamente e continuem a andar.”
-“Nossa! Quantos buracos no chão! Vamos saltá-los? Cuidado! Olhem outro buraco! Como podemos saltá-lo?”
-“Olhem a chuva! Vamos correr!”
-“Encontramos um barracão. A porta é estreita. Quantos cabem de cada vez? Vamos entrar e esperar a chuva passar.”
-“Ouçam o barulho da chuva! Vamos imitá-la! “
-“Está passando! Vejam o sol entrando pela janela. Já podemos sair”
-“Vejam! A chuva lavou as folhinhas das plantas. Ficou tudo muito verdinho! Que vontade de cantar! Vamos continuar nosso passeio cantando?”

MÚSICA: A chuva passou.

Oh! Que grama tão verdinha
Há florzinhas pelo chão.
De mãos dadas pelo caminhando
Vejo o sol a brilhar
Aquela chuva fininha
Já passou não vem mais não
Alegres vamos cantando
Que gostoso é caminhar.

Outra Sugestão:

-“Este lugar está ótimo para tomarmos o nosso lanche.
-Arrumem seus guardanapos e bom apetite!
-Vejam! O trenzinho que passeia pelo parque vem vindo!
-Gente. Uma surpresa! O maquinista disse que nos levará de volta. que bom! Vamos para o trem!
-Atenção, estamos descendo do trenzinho. Antes de terminar nosso passeio, vamos bater palmas:
* palmas para o maquinista!
* palmas para o trenzinho!
* palmas para todas as crianças!”

Lembre-se! Cada criança se expressa do seu jeito: umas se levantam mais depressa, outras mais devagar, umas andam próximas dos colegas, outras se espalham mais; umas estão mais predispostas a esse passeio imaginário, outras vão se interessando no decorrer da atividade.

Atividade nº2

Escutar os sons:

• Peça que as crianças escutem os sons voluntários e involuntários do corpo: mastigar, chupar um líquido pelo canudinho, bater palmas, estalar os dedos, estalar a língua, bater palmas com os pés, cair no chão de madeira, espirrar, fazer xixi, cuspir...
• Peça que as crianças escutem os sons do ambiente: porta batendo, campainha, água saindo da torneira, tesoura cortando papel...
• Peça que as crianças escutem sons da natureza: chuva, vento, cachorro latindo, gato miando...
• Peça que as crianças escutem sons de objetos diversos: relógio, brinquedos, chocalhos, sinos, caixas de fósforo, geladeira...
• Grave a voz das crianças e depois peça que escutem a gravação.
• Coloque discos e gravações no ambiente...

Atividade nº3

Sons no corpo

O professor propõe às crianças:
-“Vamos descobrir quais os barulhinhos que podemos fazer com a nossa boca?”
Algum tempo depois continua:
-“Quem quer mostrar aos coleguinhas os barulhos que descobriu?”
Após cada criança mostrar os seus barulhinhos, o grupo todo deverá imitar.

Tipos de sons que podem ser reproduzidos:
a)pé todo
* com força e suavemente contra o piso.
* saltar e cair sobre o pé com um golpe seco.
* arrastar o pé todo.

b) calcanhar
* arrastar o calcanhar sempre para a frente
* golpear o chão com o calcanhar, sem levantar o pé (suave e fortemente)
* movimentar a perna em pêndulo de modo a fazer o calcanhar roçar o chão
* golpear o calcanhar, um pé contra o outro.

c) ponta do pé
* arrastar-se para a frente na PONTA DOS PÉS.
* arrastar-se para trás na ponta dos pés.
* golpear o chão com a ponta do pé,sem levantar o calcanhar.
* golpear o chão com a ponta do pé, levantando o calcanhar.

Atividade nº4

Os sons da boca

Sentados em roda, peça aos alunos que experimentem os sons que podem produzir com a boca, que são variados e gostosos.
Cada criança mostra uma possibilidade, e as outras devem imitá-la. Elas gostam muito de vibrar os lábios com os dedos, de estalar a língua, de bater nas bochechas cheias de ar.
Pergunte o que acharam de cada som, qual mais gostaram de ouvir e de fazer. A seguir, uma das crianças produzirá um som com a boca que as outras vejam. O jogo consiste em descobrir o que o colega fez e tentar imitá-lo.
Esta atividade incentiva a criança a produzir sons, a se expressar, verificando as possibilidades sonoras com a boca.

Atividade nº5

Sons do ambiente

O professor estimula as crianças a descobrir os sons que as rodeiam, lançando propostas:
-“Vamos abrir as torneiras e ouvir o barulho da água? Quem consegue outro barulho diferente com a janela? E este lápis, faz algum barulho? Vamos, tentar descobrir outros barulhos?”
Algum tempo depois, cada criança vai mostrar sozinha os sons que descobriu. O professor deverá manter-se atento para comparar os diversos tipos e qualidades de som.
O saquinho deve estar cheio de desenhos ou recortes de revista, mostrando cenas ou objetos que tenham interesse para criança e estejam ligados à sua vida. Esses desenhos ou figuras devem dar a idéia de diversos tipos de som.

Exemplo: cenas de natureza, mostrando o mar (se a criança vive em região de praias), chuva, árvores balançando ao vento, etc. Também figuras de brinquedos, transportes ou objetos (peteca, avião, madeira sendo serrada, relógio, etc.)

Após o sorteio, a criança mostrará o desenho aos coleguinhas e fará sozinha, o som que, para ela, esteja mais de acordo com o desenho. Em seguida, os coleguinhas repetirão, em coro, o mesmo som.
Exemplos de alguns tipos de vozes de animais e efeitos de timbre que as crianças gostam de imitar
• vaca - um-hum ( na garganta);
• porco – (grunhido) roc-roc;
• galinha – co-có-có;
• galo – cocori – co-ó-ó;
• carneiro – me-é-é;
• cavalo – hiiiii...;
• cigarra – sssssssss;
• abelha – zzzzzzzz;
• sapo – qua-qua;
• sino – blém,blém/ dão-dão;
• campainhas – trim-trim;
• corneta – tá -tá –ta;
• tambor – plan – rataplan;
• buzina de carro – fonfom;
• trenzinho – tchu-tchu;
• apito de trem – piú-piú;
• trote de cavalo – poc,poc/ toc,toc;
• galope de cavalo – pacata, pacata;
• água corrente – chuá-á-á-á;
• zunir do vento – vum;
• máquina de costura – nheque-nheque

# O professor pede às crianças para imitarem os sons de sinos badalando com força. O roncar do avião distante, o apito do trem chegando, o miado do gato recém-nascido, o tambor rufante da parada militar, etc.
# O professor sugere às crianças que observem o que existe à sua volta, procurando lembrar de todos os sons que a rodeiam: sons da escola, da rua, de sua casa, da praça, da praia, etc. Em seguida, na rodinha, cada criança, individualmente, irá descrever todos os sons que costuma ouvir, recriando-os com seu corpo e sua voz. O grupo todo imita e repete os sons que foram produzidos.
# O professor propõe que numa certa ordem, as crianças passem a produzir os diversos sons e ruídos característicos de um lugar previamente escolhido. Por exemplo, o barulho da mata de uma fazenda: sons dos passarinhos, dos grilos, da brisa nas folhas da cachoeira, do rio passando, gritos de crianças que brincam, etc.

É importante , nessa brincadeira que, pouco a pouco, em intensidades diferentes, esses sons e ruídos possam ir se somando.

VARIAÇÃO – quando as crianças já souberem reproduzir vários sons e ruídos, imitando vozes de animais ou sons existentes na natureza, o professor poderá pedir que elas se dividam em grupos, montando peças sonoras, como por exemplo:

1º grupo                    2º grupo                 3º grupo             4º grupo

Som do vento      Som da chuva      Som do trovão      Som de galope de cavalo

Atividade nº6

Exercício de atenção e audição

Os alunos sentados, deverão escutar ordens que o professor falará com voz muito baixa. Ex: O professor fala.
1) Os meninos que estiverem de meia deverão ir até o centro da sala.
2) As meninas que estiverem de short deverão ficar de pé.
3) Os meninos de cabelos loiros, batem palmas.
4) As meninas de pulseiras, cantam tal música.

Pode-se dar ordens em que se verifique:
Cores - a menina de blusa amarela.
Tamanho- o menino maior.
Direção- o menino do lado esquerdo de Maria.

Pode-se dar ordens para realizar atividades referentes à música.
EXEMPLO: deverá cantar
• um som agudo, cantar seu nome, bater um ritmo ou cantar uma canção.
• ao movimento corporal – imitar uma flor nascendo, imitar o vento, imitar um sapinho
• à expressão facial – deverá ficar zangado, deverá ficar surpreso, deverá ficar alegre, deverá ficar triste.

Atividade nº7

Sons com os pés
Que som podemos fazer com os pés? Deixe que as crianças experimentem livremente. Coloque uma música de que as crianças gostem e peça que o ritmo seja marcado com os vários tipos de sons que podemos obter com os pés.
Depois elas ficam de costas e uma delas, acompanhando uma música, produz sons com os pés. O jogo consiste em adivinhar que movimento o colega está fazendo.
A atividade pode ser feita com as crianças calçadas e descalças. Este jogo possibilita diversas movimentações com os pés e o reconhecimento auditivo do esquema corporal.

Atividade nº8

Sugestões musicais
• ATIREI O PAU NO GATO: As crianças sentam em roda, cada uma recebendo um instrumento (ou qualquer outro material). O orientador pede ao grupo para criar sons diferentes com o instrumento. Aproveitando as criações mais originais, monta-se uma seqüência rítmica. Depois de montada e fixada a seqüência, é cantada a música. “atirei o pau no gato”.
• ESCRAVOS DE JÓ: Depois de formar três grupos, cada criança recebe meia folha de jornal. Cada grupo deverá fazer a mesma movimentação pedida na música Escravos de Jô, porém cada grupo jogará com o jornal de forma diferente. O primeiro grupo deverá jogar com o jornal aberto, passando-o abanando. Pedir as crianças que inventem novas ações para substituir os movimentos da 2ª frase da 1ª estrofe da música.

EXEMPLO:
1ª frase
Escravos de Jó
Escravos de Jó
Escravos de Jó
Escravos de Jô

2ª frase
Jogavam futebol
Lutavam karatê
Tocavam bandolim
Plantavam batatinhas

Pedir às crianças para cantarem a música toda, mas substituindo a 2ª fase (jogavam caxangá), por sons produzidos com a utilização de diversas partes do corpo. Exemplo: assobiar, assoprar, expirar, fungar, estalar a língua, fazer barulho de um beijo, barulho com os dentes, com os dedos da mão contra a base da outra com os calcanhares contra o chão, etc.

• O TREM DE FERRO: Os alunos colocam-se em fila única, mão direita para trás e mão esquerda para frente, segurando a mão do colega, formando assim, um trem. Ao som da música, o trem passeia pela sala. Quando é chegada a segunda estrofe, os dois primeiros, porém o trem deverá passar de marcha a ré.
• MARCHA SOLDADO: É formada uma fila, onde o primeiro guia os demais, acompanhando o ritmo da música Marcha soldado. Ao final da música, a fila pára. Quem estava guiando deve se encaminhar para o final da fila, enquanto o segundo cria um gesto rítmico seguido pelos demais. Essa marcação possibilita deslocamento rítmico do guia até o final da fila. A atividade reinicia com a música e com o novo guia.

Pai Francisco
Pai Francisco entrou na roda
Tocando seu violão!Da-ra-rão! Dão!
Dão! Da-ra-rão! Dão!Dão!
Vem de lá seu delegado
E pai Francisco foi pra prisão
Como ele vai todo requebrado
Parece um boneco desengonçado

# Brincar de roda, inventado movimentos de acordo com a lera da música
# Pedir a cada criança que invente um som e um movimento bem bonito para o “Seu Francisco”. Em seguida à apresentação de cada criança, o grupo todo imita.

Eu vi, eu vi:
• Para desenvolver o Esquema corporal, os alunos pegam uns aos outros nas partes do corpo mencionadas na música.
• Para dramatizar os animais, repetir a melodia depois de cada estrofe “falando” e se comportando como o animal citado.
• Adaptar a melodia de alguma canção conhecida.

Eu vi, eu vi-vi-vi
O seu Leão-ão-ão
Ele queria-a-a
Morder minha mão-mão-mão

Eu vi, eu vi-vi-vi
O seu Juiz-iz-iz
Ele queria-a-a
Ver meu nariz-iz-iz

• substituir Seu Leão e a última frase por:
- Seu Jacaré – pegar meu pé
- Dona Serpente – mostrar seu dente
- O Passarinho – bicar meu dedinho
- Dona Foca – beijar minha boca
- Seu Camelo – puxar o cabelo
- Dona Formiga – Coçar barriga
- Seu Pernilongo – picar meu ombro
- Dona Coelha – puxar a orelha
- Seu Piolho – Me olhar no olho
- Seu coelho – Pular no joelho

# Explorar e explicar as rimas. As próprias crianças podem adivinhar a parte do corpo que rima com o nome do animal.
# Sugestão para um jogo: cantar a música andando pela classe. Ao falar a parte do corpo, cada criança deve pegar essa parte no colega. Exemplo: pegar no joelho, no ombro, etc, e depois retornar a andar.

Atividade nº9
Brincadeira de roda: Onde está a Margarida?

Combine com as crianças que uma de cada vez irá dizer o que a margarida está fazendo, e todas, ao mesmo tempo, farão o gesto.
• - Onde está a Margarida?
• - Olé, olé, olá.
• - Onde está a Margarida?
• - Olé, olé, olá.
• - Ela está no meu castelo.
• - Olé, olé, olá.
• - O que ela está fazendo?
• - Olé, olé, olá
• - Ela está tomando banho.
• - Olé, olé, olá
• - O que ela está fazendo?
• - Ela está se enxugando.

E assim por diante, até que a brincadeira se esgote. Esta atividade envolve, além da memorização, a improvisação, a expressão gestual e a socialização, pois a criança tem que estar atenta ao que os outros fazem e esperar sua vez para se expressar.

Atividade nº10

Reconhecimento dos sons
• Apresente sons de instrumentos musicais.
• Peça que as crianças desenhem objetos que produzem sons.
• Peça que desenhem com cores diferentes, enquanto prestam atenção aos sons.
• Peça que as crianças confeccionem objetos que produzem sons (oferecer papel, grãos, latinhas com tampa, tampinhas de garrafa, botões, pedaço de madeira).
• Um grupo de alunos imita animais, em gestos e sons e o restante da classe procura reconhecer que animais estão irritados.
• Imitar sons de objetos, instrumentos e máquinas, tais como sino, motorzinho do dentista, motocicleta, avião.
• Pedir para as crianças sentem no chão em círculo, mas com as pernas viradas para fora, de forma que todos fiquem de costa para todos. A professora entra no círculo e, quando tocar uma criança, ela deve dizer uma palavra combinada antes. As outras crianças devem dizer se a voz é de menino ou menina, e o nome da criança que falou.

Atividade nº11

Intensidade (forte/fraco)

A) Para estimular as crianças e entrar em contato com a intensidade sonora, você pode pedir a elas que batam com força uma bola no chão e deixam cair. Pergunte-lhes o que há de diferente no som produzido pelas duas ações. E seguida, utilize as duas ações em cada uma das bolas. Converse novamente com elas sobre o som obtido, explicando-lhes que deverão representar graficamente os sons fortes e fracos que foram produzidos com cada uma das bolas.

B) O professor propõe: vamos cantar forte, mas sem gritar. Agora vamos cantar baixinho, de leve. Variação – divisão das crianças em dois grupos. O professor propõe que um grupo cante a 1ª estrofe de leve, e o outro, a 2ª estrofe, forte.

C) Junto com as crianças, bata as mãos, no chão ou na mesa, dizendo forte... forte... quando baterem forte e fraco...fraco... quando baterem fraco; sempre num ritmo preciso e constante.

• Enquanto as crianças palmeiam, vá dizendo: forte...forte...fraco...fraco... Observação: Muitos outros sons podem ser explorados quando se trabalha a intensidade. Exemplos: bater as mãos nas coxas, bater os pés no chão, estalar os lábios como um beijo, soprar, dizer uma vogal, cantar, dizer uma quadrinha...

D) Percuta um instrumento, alternando a intensidade, ora forte, ora fraco, em intervalos de tempo sempre iguais. Simultaneamente, as crianças acompanham o ritmo ouvido, batendo palmas. Observação: Você só deverá mudar a intensidade das batidas quando perceber que a maioria das crianças está acompanhando. Faça interrupções repentinas; elas são excelente recurso didático, pois, além de exigirem redobrada atenção da criança caracterizam a atividade como um jogo desafiador.

E) Percuta, alternadamente, três batidas fortes e três batidas fracas em um instrumento qualquer, em ritmo sempre igual, enquanto as crianças permanecem atentas. A criança reproduzem os sons imediatamente, com palmas ou percussão de um instrumento, observando as intensidades forte e fraca.

F) O professor propõe que as crianças formem uma fila indiana, por ordem de tamanho, imitando um trem e imitando ruídos de “tch tch”. Com um pandeiro, o professor comandará o andamento do trem, que começará lentamente, até, progressivamente, começar a correr, fazendo curvas ou retardando a marcha. Ao mesmo tempo, o professor continua a dirigir a atividade, propondo diferentes situações. O trem está longe da estação. Agora está se aproximando. Está bem perto, está se afastando, aumentou a velocidade, está parando, etc.

VARIAÇÕES – (introduzindo exercícios de respiração)
• Sem sair do lugar, as crianças imitam o ruído de saída, viagem e chegada do trem.
A um sinal (que representa a parada do trem), todas as crianças inspiram de repente como se estivessem tomado um susto. Em seguida, o professor comanda a expiração das crianças, que será feita lentamente.
• O professor propõe situações para dirigir a inspiração e expiração das crianças. Vamos balançar a chama de uma vela, sem apagá-la? Vamos imitar um cachorrinho cansado?
• Propõe ao grupo de crianças que imitem, em conjunto, sons como o canto de cigarras, zumbindo de abelhas, barulho de vento, rio, mar, chuva, trote de cavalo, etc. Esses sons irão variar de intensidade, aumentando ou diminuindo, conforme as situações que forem imaginadas e propostas. Ex: as abelhas estão bem longe da gente (som fraco). Agora estão chegando pertinho (crescendo). Estão junto da gente! (som forte). Agora estão começando a ir embora (diminuindo). Desapareceram (silêncio).

 Colaboração da amiga e professora

Miriam  Capella

12/01/2011

A HISTÓRIA DA GRANDE TORRE

Se o teu sol é verdadeiro, não tenha medo das nuvens que o encobrem, pois um dia elas
se dissiparão e o brilho do sol voltará...
Quais são os profissionais mais importantes da sociedade?
Para finalizar este livro, contarei uma história que revela a perigosa direção para onde a sociedade está caminhando, a crise da educação e a importância dos pais e dos professores como construtores de um mundo melhor. Tenho contado essa história em muitas conferências, inclusive em congressos internacionais. Muitos educadores ficam tão sensibilizados que vão às lágrimas.
Num tempo não muito distante do nosso, a humanidade ficou tão caótica que os homens fizeram um grande concurso. Eles queriam saber qual a profissão mais importante da sociedade. Os organizadores do evento construíram uma grande torre dentro de um enorme estádio com degraus de ouro, cravejados de pedras preciosas. A torre era belíssima. Chamaram a imprensa mundial, a TV, os jornais, as revistas e as rádios para realizarem a cobertura.
O mundo estava plugado no evento. No estádio, pessoas de todas as classes sociais se espremiam para ver a disputa de perto. As regras eram as seguintes: cada profissão era representada por um ilustre orador. O orador deveria subir rapidamente num degrau da torre e fazer um discurso eloqüente e convincente sobre os motivos pelos quais sua profissão era a mais importante da sociedade moderna. O orador tinha de permanecer na torre até o final da disputa. A votação era mundial e pela Internet.
Nações e grandes empresas patrocinavam a disputa. A categoria vencedora receberia prestígio social, uma grande soma em dinheiro e subsídios do governo. Estabelecidas as regras, a disputa começou. O mediador do concurso bradou: "O espaço está aberto!"
Sabem quem subiu primeiro na torre? Os educadores? Não! O representante da minha classe, a dos psiquiatras.
Ele subiu na torre e a plenos pulmões proclamou: "As sociedades modernas se tornarão uma fábrica de estresse. A depressão e a ansiedade são as doenças do século. As pessoas perderam o encanto pela existência. Muitas desistem de viver. A indústria dos antidepressivos e dos tranqüilizantes se tornou a mais importante do mundo." Em seguida, o orador fez uma pausa. O público, pasmo, ouvia atentamente seus argumentos contundentes.
O representante dos psiquiatras concluiu: "O normal é ter conflitos, e o anormal é ser saudável. O que seria da humanidade sem os psiquiatras? Um albergue de seres humanos sem qualidade de vida! Por vivermos numa sociedade doentia, declaro que somos, juntamente com os psicólogos clínicos, os profissionais mais importantes da sociedade!"
No estádio reinou um silêncio. Muitos na platéia olharam para si mesmos e perceberam que não eram alegres, estavam estressados, dormiam mal, acordavam cansados, tinham uma mente agitada, dores de cabeça. Milhões de espectadores ficaram com a voz embargada. Os psiquiatras pareciam imbatíveis.
Em seguida, o mediador bradou: "O espaço está aberto!" Sabem quem subiu depois? Os professores? Não! O representante dos magistrados - os juizes de direito.
Ele subiu num degrau mais alto e num gesto de ousadia desferiu palavras que abalaram os ouvintes: "Observem os índices de violência! Eles não param de aumentar. Os seqüestros, assaltos e a violência no trânsito enchem as páginas dos jornais. A agressividade nas escolas, os maus-tratos infantis, a discriminação racial e social fazem parte da nossa rotina. Os homens amam seus direitos e desprezam seus deveres."
Os ouvintes menearam a cabeça, concordando com os argumentos. Em seguida, o representante dos magistrados foi mais contundente: "O tráfico de drogas movimenta tanto o dinheiro como o petróleo. Não há como extirpar o crime organizado. Se vocês querem segurança, aprisionem-se dentro de suas casas, pois a liberdade pertence aos criminosos. Sem os juizes e os promotores, a sociedade se esfacela. Por isso, declaro, com o apoio dos promotores e do aparelho policial, que representamos a classe mais importante da sociedade."
Todos engoliram em seco essas palavras. Elas perturbavam os ouvidos e queimavam na alma. Mas pareciam incontestáveis. Outro momento de silêncio, agora mais prolongado. Em seguida, o mediador, já suando frio, disse: "O espaço está novamente aberto!"
Um outro representante mais intrépido subiu num degrau mais alto da torre. Sabem quem foi desta vez? Os educadores? Não!
Foi o representante das forças armadas. Com uma voz vibrante e sem delongas, ele discursou: "Os homens desprezam o valor da vida. Eles se matam por muito pouco. O terrorismo elimina milhares de pessoas. A guerra comercial mata milhões de fome. A espécie humana se esfacelou em dezenas de tribos. As nações só se respeitam pela economia e pelas armas que possuem. Quem quiser a paz tem de se preparar para a guerra. Os poderes econômico e bélico, e não o diálogo, são os fatores de equilíbrio num mundo espúrio."
Suas palavras chocaram os ouvintes, mas eram inquestionáveis. Em seguida, ele concluiu: "Sem as forças armadas, não haveria segurança. O sono seria um pesadelo. Por isso, declaro, quer se aceite ou não, que os homens das forças armadas não são apenas a classe profissional mais importante, mas também a mais poderosa." A alma dos ouvintes gelou. Todos ficaram atônitos.
Os argumentos dos três oradores eram fortíssimos. A sociedade tinha se tornado um caos. As pessoas do mundo todo, perplexas, não sabiam qual atitude tomar: se aclamavam um orador, ou se choravam pela crise da espécie humana, que não honrou sua capacidade de pensar.
Ninguém mais ousou subir na torre. Em quem votariam?
Quando todos pensavam que a disputa havia se encerrado, ouviu-se uma conversa no sopé da torre. De quem se tratava? Desta vez eram os professores. Havia um grupo deles da pré-escola, do ensino fundamental, do médio e do universitário. Eles estavam encostados na torre dialogando com um grupo de pais. Ninguém sabia o que estavam fazendo. A TV os focalizou e projetou num telão. O mediador gritou para um deles subir na torre. Eles se recusaram.
O mediador os provocou: "Sempre há covardes numa disputa." Houve risos no estádio. Fizeram chacota dos professores e dos pais.
Quando todos pensavam que eles eram frágeis, os professores, com o incentivo dos pais, começaram a debater as idéias, permanecendo no mesmo lugar. Todos se faziam representar.
Um dos professores, olhando para o alto, disse para o representante dos psiquiatras: "Nós não queremos ser mais importantes do que vocês. Apenas queremos ter condições para educar a emoção dos nossos alunos, formar jovens livres e felizes, para que eles não adoeçam e sejam tratados por vocês."
O representante dos psiquiatras recebeu um golpe na alma.
Em seguida, um outro professor que estava no lado direito da torre olhou para o representante dos magistrados e disse: "Jamais tivemos a pretensão de ser mais importantes do que os juizes. Desejamos apenas ter condições para lapidar a inteligência dos nossos jovens, fazendo-os amar a arte de pensar e aprender a grandeza dos direitos e dos deveres humanos. Assim, esperamos que jamais se sentem num banco dos réus." O representante dos magistrados tremeu na torre.
Uma professora do lado esquerdo da torre, aparentemente tímida, encarou o representante das forças armadas e falou poeticamente: "Os professores do mundo todo nunca desejaram ser mais poderosos nem mais importantes do que os membros das forças armadas. Desejamos apenas ser importantes no coração das nossas crianças. Almejamos levá-las a compreender que cada ser humano não é mais um número na multidão, mas um ser insubstituível, um ator único no teatro da existência."
A professora fez uma pausa e completou: "Assim, eles se apaixonarão pela vida, e, quando estiverem no controle da sociedade, jamais farão guerras, sejam guerras físicas que retiram o sangue, sejam as comerciais que retiram o pão. Pois cremos que os fracos usam a força, mas os fortes usam o diálogo para resolver seus conflitos. Cremos ainda que a vida é obra-prima de Deus, um espetáculo que jamais deve ser interrompido pela violência humana."
Os pais deliraram de alegria com essas palavras. Mas o representante do judiciário quase caiu da torre.
Não se ouvia um zumbido na platéia. O mundo ficou perplexo. As pessoas não imaginavam que os simples professores que viviam no pequeno mundo das salas de aula fossem tão sábios. O discurso dos professores abalou os líderes do evento.
Vendo ameaçado o êxito da disputa, o mediador do evento disse arrogantemente: "Sonhadores! Vocês vivem fora da realidade!" Um professor destemido bradou com sensibilidade: "Se deixarmos de sonhar, morreremos!"
Sentindo-se questionado, o organizador do evento pegou o microfone e foi mais longe na intenção de ferir os professores: "Quem se importa com os professores na atualidade? Comparem-se com outras profissões. Vocês não participam das mais importantes reuniões políticas. A imprensa raramente os noticia. A sociedade pouco se importa com a escola. Olhem para o salário que vocês recebem no final do mês!" Uma professora fitou-o e disse-lhe com segurança: "Não trabalhamos apenas pelo salário, mas pelo amor dos seus filhos e de todos os jovens do mundo."
Irado, o líder do evento gritou: "Sua profissão será extinta nas sociedades modernas. Os computadores os estão substituindo! Vocês são indignos de estar nesta disputa.'
A platéia, manipulada, mudou de lado. Condenaram os professores. Exaltaram a educação virtual. Gritaram em coro: "Computadores! Computadores! Fim dos professores!" O estádio entrou em delírio repetindo esta frase. Sepultaram os mestres. Os professores nunca haviam sido tão humilhados. Golpeados por essas palavras, resolveram abandonar a torre. Sabem o que aconteceu?
A torre desabou. Ninguém imaginava, mas eram os professores e os pais que estavam segurando a torre. A cena foi chocante. Os oradores foram hospitalizados. Os professores tomaram então outra atitude inimaginável: abandonaram, pela primeira vez, as salas de aula.
Tentaram substituí-los por computadores, dando uma máquina para cada aluno. Usaram as melhores técnicas de multimídia. Sabem o que ocorreu?
A sociedade desabou. As injustiças e as misérias da alma aumentaram mais ainda. A dor e as lágrimas se expandiram. O cárcere da depressão, do medo e da ansiedade atingiu grande parte da população. A violência e os crimes se multiplicaram. A convivência humana, que já estava difícil, ficou intolerável. A espécie humana gemeu de dor. Corria o risco de não sobreviver...
Estarrecidos, todos entenderam que os computadores não conseguiam ensinar a sabedoria, a solidariedade e o amor pela vida. O público nunca pensara que os professores fossem os alicerces das profissões e o sustentáculo do que é mais lúcido e inteligente entre nós. Descobriu-se que o pouco de luz que entrava na sociedade vinha do coração dos professores e dos pais que arduamente educavam seus filhos.
Todos entenderam que a sociedade vivia uma longa e nebulosa noite. A ciência, a política e o dinheiro não conseguiam superá-la. Perceberam que a esperança de um belo amanhecer repousa sobre cada pai, cada mãe e cada professor, e não sobre os psiquiatras, o judiciário, os militares, a imprensa...
Não importa se os pais moram num palácio ou numa favela, e se os professores dão aulas numa escola suntuosa ou pobre - eles são a esperança do mundo.
Diante disso, os políticos, os representantes das classes profissionais e os empresários fizeram uma reunião com os professores em cada cidade de cada nação. Reconheceram que tinham cometido um crime contra a educação. Pediram desculpas e rogaram para que eles não abandonassem seus filhos.
Em seguida, fizeram uma grande promessa. Afirmaram que a metade do orçamento que gastavam com armas, com o aparato policial e com a indústria dos tranqüilizantes e dos antidepressivos seria investida na educação. Prometeram resgatar a dignidade dos professores, e dar condições para que cada criança da Terra fosse nutrida com alimentos no seu corpo e com o conhecimento na sua alma. Nenhuma delas ficaria mais sem escola.
Os professores choraram. Ficaram comovidos com tal promessa. Há séculos eles esperavam que a sociedade acordasse para o drama da educação. Infelizmente, a sociedade só acordou quando as misérias sociais atingiram patamares insuportáveis.
Mas, como sempre trabalharam como heróis anônimos e sempre foram apaixonados por cada criança, cada adolescente e cada jovem, os professores resolveram voltar para a sala de aula e ensinar cada aluno a navegar nas águas da emoção.
Pela primeira vez, a sociedade colocou a educação no centro das suas atenções. A luz começou a brilhar depois da longa tempestade... No final de dez anos os resultados apareceram, e depois de vinte anos todos ficaram boquiabertos.
Os jovens não desistiam mais da vida. Não havia mais suicídios. O uso de drogas dissipou-se. Quase não se ouvia falar mais de transtornos psíquicos e de violência. E a discriminação? O que é isso? Ninguém se lembrava mais do seu significado. Os brancos abraçavam afetivamente os negros. As crianças judias dormiam na casa das crianças palestinas. O medo se dissolveu, o terrorismo desapareceu, o amor triunfou.
Os presídios se tornaram museus. Os policiais se tornaram poetas. Os consultórios de psiquiatria se esvaziaram. Os psiquiatras se tornaram escritores. Os juizes se tornaram músicos. Os promotores se tornaram filósofos. E os generais? Descobriram o perfume das flores, aprenderam a sujar suas mãos para cultivá-las.
E os jornais e as TVs do mundo? O que noticiavam, o que vendiam? Deixaram de vender mazelas e lágrimas humanas. Vendiam sonhos, anunciavam a esperança...
Quando esta história se tornará realidade? Se todos sonharmos este sonho, um dia ele deixará de ser apenas um sonho.


A editora e o autor permitem o uso do texto da "grande torre" para encenação teatral nas escolas, com o objetivo de homenagear os pais e os mestres, desde que citada a fonte (N.A.).



Pais Brilhantes, Professores Fascinantes
Augusto Cury

10/01/2011

ATIVIDADES FAVORÁVEIS PARA CADA NÍVEL DE ESCRITA

ATIVIDADES FAVORÁVEIS DE ACORDO COM O NÍVEL DA



PSICOGÊNESE EM QUE SE ENCONTRAM OS ALUNOS:



HIPÓTESE PRÉ-SILÁBICA:

Avanços:
• Diferenciar o desenho da escrita;
• Perceber letras e sons;
• Identificar e escrever o próprio nome completo;
• Perceber que usamos letras diferentes em diferentes posições.

Atividades favoráveis
• Desenhar e escrever o que desenhou;
• Usar o nome em situações significativas: marcar atividades. Objetos, utilizá-los em jogos, bilhetes, etc.
• Ouvir leitura diariamente pela professora e poder recontá-la;
• Ter contato com diferentes portadores de texto;
• Reconhecer e ler o nome próprio em situações significativas: chamadas, jogos, etc.
• Conversar sobre a função da escrita;
• Utilizar letras móveis para pesquisar nomes, reproduzir o próprio nome ou dos amigos; bingo de letras;
• Produção oral de histórias;
• Escrita espontânea;
• Textos coletivos tendo o professor como escriba;
• Aumentar o repertório de letras;
• Ler nomes das crianças da turma, quando isto for significativo;
• Comparar e relacionar palavras;
• Produzir textos de forma não convencional;
• Identificar personagens conhecidos a partir de seus nomes, ou escrever seus nomes de acordo com sua possibilidade;
• Recitar textos memorizados: parlendas, quadrinhas, poemas, músicas;
• Atividades que seja preciso reconhecer a letra inicial e final;
• Atividades que apontem para a variação da quantidade de letras;
• Completar palavras usando a letra inicial e final;
• Escrever listas em que isto tenha significado: listar o que usamos na hora do lanche, o que tem na festa de aniversário, etc.

HIPÓTESE SILÁBICA:

Avanços:
• Atribuir valor sonoro às letras;
• Aceitar que não é preciso muitas letras para se escrever apenas o necessário para representar a fala.
• Perceber que palavras diferentes são escritas com letras em ordens diferentes.

Atividades favoráveis
• Todas as atividades do nível anterior,
• Comparar e relacionar escritas de palavras diversas;
• Escrever pequenos textos memorizados ( parlendas, quadrinhas, músicas, trava-língua...)
• Completar palavras com letras para evidenciar seu som:

CAMELO = C____M____L____ ou ____A____E____O

• Relacionar personagens a partir do nome escrito;
• Forca;
• Relacionar figura às palavras, através do reconhecimento da letra inicial.
• Ter contato com a escrita convencional em atividades significativas;
• Reconhecer letras em um pequeno texto conhecido;
• Leitura de textos conhecidos e já trabalhados;
• Cruzadinhas;
• Caça-palavras;
• Completar lacunas em texto e palavra;
• Construir um dicionário ilustrado, desde que o tema seja significativo;
• Evidenciar rimas entre as palavras;
• Usar o alfabeto móvel para escritas significativas;
• Jogos variados para associar o desenho e seu nome;
• Contar a quantidade de palavras de uma frase.

HIPÓTESE SILÁBICO-ALFABÉTICA

Avanços:
• Usar mais de uma letra para representar o fonema quando necessário.
• Atribuir o valor sonoro das letras;
Atividades favoráveis
• As mesmas do nível anterior;
• Separar as palavras de um texto;
• Generalizar os conhecimentos para escrever palavras que não conhece: Associar o “GA” do nome da “GABRIELA” para escrever “GAROTA”, “GAVETA”...;
• Ditado de palavras conhecidas;
• Ditado de grade;
• Forca;
• Produzir pequenos textos;
• Reescrever histórias;
• Pesquisar os usos da ordem alfabética em nossa sociedade;
• Discutir em atividades coletivas a importância do uso da ordem alfabética como recurso organizador em vários instrumentos sociais, como catálogo telefônico, lista de alunos; fichário; arquivo, dicionário, etc;
• Procurar desenvolver o próprio pensamento das crianças para que percebam o que é provável e o que é impossível encontrar na linguagem escrita;
• Pesquisar palavras que têm ou não acento, dentro de um pequeno texto. É fundamental que o professor trabalhe por investigação. Toda descoberta vai sendo discutida e registrada. Não se deve dar a “receitas” prontas ao aluno;
• Pesquisar quais maneiras possíveis de terminar palavras.
• Generalizar os conhecimentos para escrever palavras que não conhece.
• Pesquisar as letras de imprensa minúsculas, apenas e tão somente, para a leitura. As crianças jamais irão utilizá-las para registras seus textos, apenas para serem capazes de ler, sem dificuldade. Pedir aos alunos para recortar de revistas e organizar as letras, fazendo correspondência termo a termo entre os dois tipos de letras: maiúsculas, minúsculas. Pode apresentar listas em imprensa minúscula. Pode proceder da mesma forma, pedindo para transcrever frases até pequenos textos. É uma apropriação lenta e gradual, que pode transcorrer com calma durante todo o estágio silábico-alfabético.
• Cruzadinhas utilizando fotografias;
• Formação de frases;
• Pesquisa sobre o significado de nome das crianças, seguindo a ordem alfabética;
• Escrever uma lista de nomes e discutir como colocá-los em ordem alfabética.
• Fazer acrósticos, trabalhando coletivamente, tendo o professor como escriba, fazendo o registro no quadro;
• Fazer caça-palavras, imprimindo maior grau de dificuldade a essa atividade, como: na vertical, na diagonal, em ordem inversa, etc.

HIPÓTESE ALFABÉTICO

Avanços:
• Preocupação com as questões ortográficas e textuais (parágrafo e pontuação).
• Usar a letra cursiva.

Atividades favoráveis
• Todas as anteriores;
• Leituras diversas;
• Escrita de listas de palavras que apresentem as mesmas regularidades ortográficas em momentos em que isto seja significativo;
• Atividades a partir de um texto: leitura, localização de palavras ou frases; ordenar o texto;
• Jogos diversos como bingo de letras e palavras; forca...
ALFABETIZAÇÃO COM SUCESSO

Luzia Bontempo

ALFABETIZAÇÃO LÚDICA – CAIXA DE FERRAMENTAS

Gláucia Perreira / Tathiana Campos / Vera Lima

Trabalhando com nones

Trabalhando com nomes


O trabalho com nome propicia ao aluno:
  • Diferenciar letras e desenhos;
  • Diferenciar letras e números;
  • Diferenciar letras, umas das outras;
  • Refletir sobre a quantidade de letras usadas para escrever cada nome;
  • Refletir sobre a função da escrita dos nomes: para marcar trabalhos, identificar materiais, registrar a presença na sala de aula (função de memória da escrita) etc;
  • Sistematizar a orientação da escrita: da esquerda para a direita;
  • Entender que se escreve para resolver alguns problemas práticos;
  • Conhecer o nome das letras;
  • Ter contato com amplo repertório de letras (a diversidade e a quantidade de nomes numa mesma sala);
  • Desenvolver as habilidades grafo-motoras;
  • Contato com fonte de consulta para escrever outras palavras.
O desenvolvimento das atividades seguintes deve orientar-se no sentido de despertar na criança a curiosidade e o desejo de conhecer o significado da palavra escrita e a compreensão do seu uso social.


 ATIVIDADES COM O NOME

. Achar o seu crachá que estará embaralhado no meio da roda e colocar no quadro de pregas de letras de acordo com a inicial do nome, os crachás restantes deverão ser contados, pois são os alunos ausentes.

. Batata – Quente, onde todos em roda ouvem uma música, enquanto vai passando um objeto qualquer, ao parar a música quem estiver com o objeto deverá dizer o seu nome, pegar o seu crachá no meio da roda, identificando-o dentre os demais e guardá-lo no quadro de pregas, na respectiva inicial;


 . Todos em roda, em pé, recebem um crachá qualquer, ao sinal da professora cada um deverá ir em busca de quem está com o seu crachá, ao encontrar troque de crachá e coloque-o no quadro de pregas;

. Escolher no meio da roda um crachá de um amigo e entregá-lo ao seu dono que deverá guardá-lo no quadro de pregas.

. Cada um ao chegar, deverá localizar o seu crachá na mesa, escrever seu nome na lousa e guardar o crachá no quadro de pregas, contaremos quantas crianças vieram e quantas faltaram;

. Cada um deverá pegar o seu crachá que estará no meio da roda, então cada um contará a quantidade de letras que tem o seu nome e deverá encontrar amigos que tem a mesma quantidade de letras, os crachás serão guardados na ordem crescente da quantidade de letras, isto é, do nome menor para o maior;

. Cada um pega o seu crachá no quadro de pregas e andam aleatoriamente pela sala. Ao sinal da professora, deverão fazer uma cobra colocando os crachás em ordem alfabética observando a letra inicial, falar onde mais usamos esta ordem (agenda telefônica, dicionário, lista da escola, etc.);

. Utilizar crachás para fazer uma lista fixa de nomes, dentro da sala, em ordem alfabética, onde cada um colará o seu nome;

. Bingo - utilizar o crachá para brincar bingo, de forma que cada aluno recebe uma tira quadriculada de papel de acordo com a quantidade de letras que diz ter o seu nome, registra o mesmo com uma letra em cada quadrado. Na hora do bingo ao ser sorteada sua letra, este quadrado deverá ser pintado;

. Bingo com cartelas contendo mais de um nome;

. Brincar de forca com os nomes, de forma que a criança que descobrir qual é o nome da forca, pega o crachá e entrega-o ao dono, se ninguém descobrir, o próprio dono pega e guarda o crachá no quadro de pregas;

. Brincar de Amigo Secreto, onde cada um faz um desenho ou uma modelagem de massinha e sorteia um crachá com o nome de quem ganhará o seu presente;

. Que nome é esse? É uma brincadeira onde a professora ou um aluno diz: “Te dou um C, te dou um A, te dou um I, te dou um O, o que formou?” A turma deverá responder: CAIO. Este rapidamente pega seu crachá e guarda no bolsão de letras, podendo ser o próximo a cantar as letras do próximo nome;

. Utilizar os crachás para sorteios de ajudantes, etc.;

. As crianças receberão as letras do seu nome e deverão juntá-las como um quebra-cabeça montando assim os seus nomes;

. Adivinhe o nome é uma brincadeira desafiadora em que o professor pronuncia os nomes das crianças com as sílabas ou letras trocadas e o grupo deverá descobrir de quem é o nome. Ex.: LARCOS = CARLOS;

. Descobrir a letra que está faltando no nome que a professora ou outro aluno escreverá na lousa, ao descobrirem o dono do nome identifica e guarda o seu crachá que estará em uma mesa junto aos demais crachás;

. Com a música: A Canoa virou... , em roda ao falarem o nome da criança esta deverá pegar o seu crachá no centro da roda e colocá-lo no bolsão de letras;

. Todos os dias ao fazer a data e a rotina do dia a professora escreve bom dia para uma criança e todos poderão abraçá-la, esta escolha pode ser por ordem alfabética, sorteio, música, aniversariantes, etc.;

. Chamada na roda, através de um círculo, onde uma criança fica no meio da roda com uma bola ou outro objeto, esta deverá dizer o seu nome e jogar a bola para outra criança que trocará de lugar com ela e repetirá o procedimento;

. Agarre o par é uma brincadeira em que todos deverão estar em pares. A professora estará segurando um objeto e contará até três, então todos mudam de par e ela passa o objeto para alguém dizendo o seu nome e procura um par também. Quem ficou com o objeto será o próximo a contar e procurar um par durante a troca passando novamente o objeto, e assim sucessivamente;

. Ao chegar cada criança deverá localizar seu nome na lousa e apagá-lo, os que sobrarem serão os ausentes;

. Arremessando a bola para o alto no meio da roda uma criança deverá dizer o nome de um dos colegas, este tentará pegar a bola, se conseguir repete o procedimento, se não conseguir a mesma criança que iniciou escolhe outro colega;

. Brincar de rimar outras palavras com os nomes das crianças e registrá-las na presença delas. M- Montar uma poesia com as rimas encontradas, digitar e entregar uma para cada criança, para que seja lida no coletivo, depois cada um encontra seu nome e circula. Poderão recitar para as demais turmas e dar de presente para outras pessoas com seus autógrafos;

. Descobrir juntos todas as versões da música: “A Barata diz que tem...”, então reescrevê-la, com o auxílio das crianças, trocando o nome barata pelos seus nomes, e posteriormente, trocar as outras palavras também. Digitar e entregar uma para cada criança, para que seja lida no coletivo, depois cada um encontra seu nome e circula. Poderão cantar ou recitar para as demais turmas e dar de presente para as outras pessoas com seus autógrafos.


. Solicitar uma foto e uma pesquisa sobre a história do nome de cada um e lê-la na roda. Digitar estas pesquisas e fazer fichas que deverão ficar no cantinho da leitura com a foto colada, para que manuseiem e leiam quando quiserem.


. Fazer um desenho de interferência com cada letra do nome começando da inicial, para a montagem de um livrinho;


. Montar um painel com as fotos de todos os alunos inclusive da professora com seus respectivos nomes.


. Montar um álbum sanfonado com a história do nome, características físicas e pessoais, fotos próprias e de familiares, este poderá ser um produto final de encerramento de projeto referente ao trabalho com a identidade.


. Ditado: Entregue uma lista com todos os nomes dos alunos. Dite um nome da lista. Cada aluno deverá encontrá-lo na sua lista. Em seguida, peça a um aluno que escreva aquele nome na lousa, os demais devem conferir se circularam o nome certo. Para que essa atividade seja possível a todos é importante fornecer algumas ajudas. Diga a quantidade de letras, a letra inicial e final, por exemplo.


. Entregue uma lista dos nomes dos alunos da sala. Peça que as crianças digam os nomes dos alunos ausentes e que circulem esses nomes. Siga as mesmas orientações da atividade anterior, no tocante às ajudas necessárias para a realização da tarefa.


. Entregue uma lista com os nomes dos alunos. Peça para que recortem os nomes e depois que separarem em duas colunas: nomes das meninas e nomes dos meninos.


. Entregue uma lista com os nomes dos alunos. Peça para que recortem os nomes e que coloquem em ordem alfabética.

. Pesquisa sobre a origem do nome (pesquisa com os familiares);


. Análise da certidão de nascimento da criança (trabalho com documento)


.Montagem de uma árvore genealógica da família.


. Análise de fotos antigas e atuais da criança.


. Montagem de uma linha do tempo do aluno a partir das fotos trazidas.


. Letras do alfabeto: letras do alfabeto pintadas e recortadas em cartolina, isopor, EVA ou outro material. Divida a classe em grupo, sorteie algumas letras para cada grupo que deverá falar o maior número possível de palavras que comecem com aquela letra. O professor escreve todas elas em um cartaz e fixa na parede para que possam consultar quando necessário já que fazem parte do vocabulário ativo da classe.


. Alfabeto ilustrado: sortear uma letra para cada aluno e pedir que desenhem ou colem uma figura cujo nome comece com aquela letra. Esse material deverá ficar a disposição dos alunos durante o ano.

. Pedir para que tragam um objeto de casa. Na classe, o grupo classifica segundo a letra inicial. É feito uma lista com as palavras. Algumas palavras poderão ser copiadas no caderno.


. Listagem: elaborar com os alunos várias listas: roupas, compras de supermercado, animais, produtos de higiene, meios de transporte, nomes de cidade, etc. Reconstruir na lousa algumas palavras perguntado aos alunos quais letras devem ser usadas. As listas ficam a disposição dos alunos para futuras consultas.


.O professor faz um quadriculado numa Carolina ou sulfite escrevendo uma letra em cada quadrado. O aluno desenhará ou colará uma figura que inicie com aquelas letras ou que tenham aquelas letras no nome (destacando-a na palavra).


. Quebra cabeça – o professor faz um quebra cabeça com as letras do nome do aluno. Mais tarde poderá fazer com outras palavras;


. Caixa surpresa – o professor, ao final da aula entrega uma caixa a um aluno pedindo a ele que traga um objeto qualquer, de sua casa para a aula do dia seguinte. Na próxima aula ele dará dicas aos colegas que tentarão adivinhar qual o objeto que está na caixa.


. Chamar o aluno entregando seu cartão;


. Chamar o aluno pelo nome e mostrar o cartão para a classe;


. Mostrar o cartão sem falar o nome esperando que o dono ou algum colega o reconheça;


. Mostrar o cartão sem ler, mas dando uma característica do dono. Os alunos devem identificar quem é.


.Embaralhar os cartões, entregar um para cada aluno e pedir que cada um procure o seu;


. Embaralhar os cartões, entregar um para cada aluno que deverá entregar ao dono;


. Dispor os cartões sobre uma mesa e pedir que cada um pegue o seu;


. Separar os cartões por fileira. Colocar o monte de cartões referentes a cada fila na primeira carteira. O aluno deverá pegar seu cartão passando os demais para trás até que todos peguem o seu;


. Deixar os cartões sobre uma mesa e pedir que, um por um, pegue um cartão que não seja o seu e entregue ao dono;


. Dividir a classe em grupos e pedir que cada um pegue seu cartão. Vence o grupo onde todos pegaram seus cartões mais rapidamente;


. Entregar os cartões e disponibilizar letras recortadas pedindo que cubram as letras de seu cartão com essas letras móveis;


. Passar o dedo sobre as letras;


. Contar as letras do nome;


. O professor escreve o nome de todos os alunos na lousa e eles, de posse de seu cartão deverá descobrir onde está escrito seu nome;


. Separar os cartões pelo número de letras e pedir que descubram qual o critério que o professor usou; (letra inicial; letra final, etc


. Separar 3 cartões, mostrar e ler para a classe. Misturá-los e retirar um. Os alunos deverão descobrir qual o cartão que foi retirado. O dono do nome deverá escrevê-lo na lousa e seus colegas copiam no caderno;


. Separar os cartões dos alunos que faltaram naquele dia.


. Numa folha mimeografada, quadriculada com um nome dentro de cada quadrado, pintar de amarelo o quadrado ou retângulo com seu nome;


. Numa folha mimeografada, quadriculada com um nome dentro de cada quadrado, pintar de azul o nome da professora;


. Numa folha mimeografada, quadriculada com um nome dentro de cada quadrado, pintar de vermelho o nome do amigo mais próximo, ou que comece com determinada letra, ou que termine, ou que tenha um número X de letras...


. Numa folha mimeografada, quadriculada com um nome dentro de cada quadrado, cobrir as letras de seu nome com a cor que quiser;


 . Numa folha mimeografada, quadriculada com um nome dentro de cada quadrado, circular a 1ª letra de seu nome, ou a última, ou outra que a professora pedir;


. Numa folha mimeografada, quadriculada com um nome dentro de cada quadrado, circular as letras iniciais de cada nome.


. Numa folha mimeografada, quadriculada com um nome dentro de cada quadrado, pintar de laranja o nome do amigo que senta à sua esquerda, de verde o que senta à direita (á frente, atrás);


. Numa folha mimeografada, quadriculada com um nome dentro de cada quadrado, recortar os nomes e colá-los em fileiras de acordo com o numero de letras. Contar quantos nomes há em cada fileira anotando o numeral.


. Numa folha mimeografada, quadriculada com um nome dentro de cada quadrado, recortar os nomes e organizar em conjuntos baseando-se em critérios dados pela professora:


§ Nomes com 5 letras;

§ Nome dos alunos de uma determinada fileira;

§ Nomes dos homens;

§ Nomes das mulheres;

§ Nomes com mais de 6 letras;

§ Nomes com menos de 5 letras;

§ Nomes iguais;

§ Nomes com 6 letras que comece com a letra R, etc


. O professor deve ainda selecionar situações em que se faz necessário escrever e ler nomes (função social da escrita):

 v Escrever o nome de colegas para identificar papéis, cadernos, desenhos (pedir que os alunos distribuam tentando ler os nomes). 
 v Lista de chamada da classe.

v Ler cartões com nomes para saber em que lugar cada um deve sentar; para saber, quem são os ajudantes do dia, etc.

 v Escrever bilhetes assinando-os;

 v Escrever cartas assinando-as e escrevendo o nome do destinatário e remetente no envelope.

 v Brincar de “banco”, assinando cheques e documentos;

 v Elaborar uma carteira de identidade;

 v Pedir xerox da certidão de nascimento reproduzindo-a.

 v Montar acrósticos
AVALIAÇÃO
É importante observar e registrar os avanços dos alunos na aquisição do próprio nome e no reconhecimento dos outros nomes. Tratando-se de uma informação social - a escrita dos nomes, é preciso observar se os alunos fazem uso dessa informação para escrever outras palavras. A escrita dos nomes é uma informação social, porque é uma aprendizagem não escolar. Dependendo da classe social de origem do aluno, ele já entra na escola com este conhecimento: como se escreve o próprio nome e quais as situações sociais em que se usa a escrita do nome. Para alunos que não tiveram acesso a essa informação a escola deve cumprir esse papel.